Saúde divulga fluxo para notificação de casos de varÃola dos macacos
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde, divulgou na sexta-feira, 22, o fluxo para notificação de suspeita da Monkeypox (varÃola dos macacos) na Capital. A notificação à vigilância epidemiológica deve ser feita no momento do atendimento pelo profissional de saúde. Porto Alegre tem três casos confirmados da doença e não há, atualmente, investigação de novas suspeitas.
Considera-se caso suspeito:
IndivÃduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente inÃcio súbito de erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia ou relato de febre, somado a um dos itens:
- Histórico de viagem a paÃs endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao inÃcio dos sintomas;
- VÃnculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a paÃs endêmico ou paÃs com casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao inÃcio dos sinais e sintomas;
- VÃnculo epidemiológico com casos suspeitos, prováveis ou confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao inÃcio dos sinais e sintomas;
- Histórico de contato Ãntimo com desconhecido/a (s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o inÃcio dos sinais e sintomas.
Isolamento - na suspeita de Monkeypox, o isolamento do indivÃduo deverá ser imediato e até o desaparecimento completo das lesões (cerca de 2 a 3 semanas, ou até 21 dias). Poderá ser realizado em domicÃlio, sem prejuÃzo da reavaliação clÃnica do paciente, se necessário. Nos casos de isolamento domiciliar, o paciente deve permanecer em quarto individual e adotar medidas de precaução de contato, higiene frequente de mãos e uso de máscara entre os contatos domiciliares.
Deve-se evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal, como toalhas, lençóis, roupas, copos e talheres. Na necessidade de deslocamento para consultas ou outras situações que exijam saÃda do domicÃlio, utilizar roupas que cubram as lesões por completo.
Saiba mais sobre a doença - Monkeypox é uma doença zoonótica viral, causada pelo Monkeypox vÃrus (MPV), do gênero Orthopoxvirus. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vÃrus. Com baixa taxa de transmissão secundária e de letalidade (1% a 8%, dependendo do subgrupo do MPV), o tempo de incubação aproximado varia de 6 a 16 dias, podendo se estender até 21 dias. A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele ou mucosa de pessoas infectadas, secreções respiratórias ou objetos contaminados.
Origem da denominação - O nome Monkeypox se origina da descoberta inicial do vÃrus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetÃveis a este tipo de varÃola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.
A Organização Mundial da Saúde declarou no sábado passado, 23, o aumento de casos como uma emergência global de saúde pública. Trata-se do alerta mais alto e raramente usado pela OMS para combater um surto global de doença.
Cristiano Vieira