Anselmo Cunha/PMPA

O prefeito Nelson Marchezan Júnior determinou a criação de um plano de atendimento assistencial para pessoas de baixa renda durante a pandemia da Covid-19 (novo coronavírus), nessa terça-feira, 31. São famílias que vivem nas regiões mais vulneráveis de Porto Alegre, com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Capital, e que serão fortemente atingidas pela crise econômica que virá com o período de isolamento social, iniciado no dia 17 de março com a suspensão gradual das atividades escolares. Um grupo especial com órgãos da administração pública municipal foi criado para estudar e propor medidas de contenção e mitigação dos impactos na área social.

As primeiras ações do governo foram realizadas com esforço concentrado na saúde para diminuir a velocidade da curva de contágio na cidade, e agora, boa parte da atenção se volta à área social, que precisa de políticas efetivas para evitar que as pessoas fiquem desamparadas, explica o prefeito. “O maior reflexo da crise acontecerá na área social. Porto Alegre tem mais de 280 mil pessoas que precisam de algum tipo de assistência e vamos colocar nossos esforços para não deixar essas pessoas passarem fome”, garantiu.

O planejamento inicial é atender as 18,7 mil famílias com renda per capita de até R$ 89 para, depois, auxiliar quem se encontra nas faixas de até R$ 178 e até meio salário mínimo. Serão distribuídos alimentos por meio de recursos do Tesouro Municipal, doações feitas pela sociedade civil organizada e recursos do Fundo Nacional de Assistência Social que foram reprogramados para essa finalidade, esclarece a presidente da Fundação de Assistência e Cidadania (Fasc), Vera Ponzio. “Vamos enfrentar um período de muita necessidade e a fome vai bater na porta. Precisamos nos preparar e suprir as demandas de alimentação, medicação e tratamento de saúde na cidade”, frisa.

O prefeito também solicitou a imediata revisão de todos os contratos de serviços terceirizados e com organizações sociais da prefeitura para que os valores economizados sejam revertidos para saúde e atenção social. A Fasc e a Defesa Civil Municipal montaram um plano que prioriza a distribuição de alimentos às famílias mais necessitadas. Até sexta-feira, 3, serão enviadas cestas básicas para 8 mil porto-alegrenses que residem nos bairros Santa Tereza, Restinga, Lomba do Pinheiro, Cruzeiro, Nordeste, Cristal e Partenon, além das regiões das Ilhas. 

Além da Fasc e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE), o plano também contará com a contribuição das pastas de Planejamento e Gestão (SMPG), Fazenda (SMF), Relações Institucionais (SMRI) e Procuradoria-Geral do Município (PGM).

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