Seminário capacita assistência social para atender vítimas de trabalho escravo
O segundo seminário intermunicipal de capacitação da rede de atendimento às pessoas resgatadas em condições de trabalho foi realizado na tarde desta quinta-feira, 7, no auditório do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. O encontro faz parte do termo de cooperação técnica firmado entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e a Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete) do Ministério Público do Trabalho RS (MPT) .
O secretário Léo Voigt participou do painel de encerramento. “Mais do que capacitação, este é um encontro de mobilização social pela causa de combate ao trabalho análogo ao escravo. Precisamos apurar nosso olhar para as condições indignas que possam ser identificadas como escravidão. O MPT habilmente nos cobra isso”, manifestou.
Até agora já foram resgatadas 114 pessoas em situação de trabalho escravo no Rio Grande do Sul. Somente em 2021 foram 76 resgates. “Por muitos anos se acreditou que o estado não tinha trabalho escravo, e agora as denúncias aumentam a cada mês”, disse o auditor fiscal da Superintendência Regional do Trabalho do RS, Henrique Mandagará.
O procurador do trabalho e coordenador regional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete) do MPT, Lucas Fernandes, foi o moderador das mesas. "Vamos seguir com nosso trabalho e pedimos que vocês repliquem o conhecimento em seus municípios", concluiu.
O encontro reuniu representantes de 30 cidades: Alegrete, Alvorada, Bom Jesus, Candelária, Canoas, Encruzilhada do Sul, Erechim, Esteio, Garibaldi, Gravataí, Ilópolis, Lajeado, Marau, Montenegro, Mostardas, Pelotas, Porto Alegre, Quaraí, Rio Pardo, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livramento, Santo Ângelo, São Borja, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Soledade e Uruguaiana.
Gilmar Martins