Oficinas movimentam 3º dia da Semana da Pessoa com Deficiência
Workshops, oficinas e exposições movimentaram o terceiro dia de atividades da 22ª Semana da Pessoa com Deficiência, no Centro Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), com entrada franca. Segurando o livro A Pedra Mágica do Tempo, Tânia Martins foi a primeira mãe a chegar à oficina Era Uma Vez com a Família, organizada pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), a partir das 14h. Ao seu lado, sua filha Déborah se distraía no espaço colorido da Biblioteca Acessível, enquanto ostentava um sorriso tão claro quanto a sua tiara rosa. As duas frequentam a associação há quase sete anos.
“As famílias estavam distantes do intuito escolar, e nós sabemos que dentro da Educação Especial precisamos trabalhar em parceria com os familiares. Então o projeto surgiu com este objetivo, de sermos uma equipe, uma comunidade escolar em prol deste grupo”, afirma Alessandra Cunha, professora da Escola Especial Dr. João Alfredo.
Disponível ao público, o espaço reúne diversas atividades voltadas ao público com necessidades especiais. O evento é promovido pela Diretoria Geral de Acessibilidade e Inclusão Social (Dgais) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE), em parceria com o Programa de Extensão da Ufrgs.
Dando protagonismo a pessoas com deficiência e necessidades especiais, exposições fotográficas estão espalhadas por todo o prédio. Produzido pelo fotojornalista Jorge Aguiar, em parceria com a instituição Autismo e Vida, a mostra Luz Reveladora, Outros Olhares é composta por fotos tiradas por pessoas do espectro autista. Próximo à escadaria o Projeto Borboletas, idealizado pela fotógrafa Tamara Wagner, registra fotos de crianças especiais. Também fazem parte a exposição do aluno da Apae Luiz Eraldo e a Mostra Lúdico-Artística, do Programa de Extensão da Ufrgs.
A programação foi aberta com o workshop O Papel do Intérprete de Libras, abordando as responsabilidades do profissional além da simples tradução. “É preciso evitar equívocos, para que a pessoa surda possa receber a mensagem de forma clara, correta e verdadeira”, explica Cristina Laguna, presidente da Associação Gaúcha de Intérpretes de Língua de Sinais (Agils) e coordenadora do curso de tradução e interpretação do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). “O surdo teve muitas conquistas. Até um tempo atrás, ele não chegava à faculdade, e hoje está em um pós-doutorado. Porém, ainda faltam outras coisas, como assistência básica. Ele consegue um intérprete num evento, mas em um posto de saúde, não”, observa.
A programação da 22ª Semana da Pessoa com Deficiência segue até o próximo dia 28 de agosto. Confira aqui.
Andrea Brasil