Operação integrada fiscaliza comércio ilegal de cabos e fios
Com o objetivo de coibir o comércio ilegal de metais e a receptação de cabos e fios sem procedência lícita comprovada, o Município e o Estado realizaram operação integrada de fiscalização a estabelecimentos comerciais, na manhã desta terça-feira, 20, no Centro Histórico da Capital.
Além da verificação da origem dos materiais encontrados, foram vistoriadas a documentação e as condições de funcionamento de cinco locais. Um estabelecimento foi interditado cautelarmente devido à constatação, pelos Bombeiros, de iminente risco à segurança. Outros três locais foram notificados pelos Bombeiros e autuados: dois pela falta de alvará e outro por não estar funcionando de acordo com o alvará. Um depósito estava com documentação em dia e funcionamento adequado.
A ação contou com a participação de agentes da Ronda Ostensiva Municipal (Romu), do grupo operacional da Guarda Municipal, do 9º Batalhão da Brigada Militar, das secretarias municipais de Segurança e de Serviços Urbanos e Desenvolvimento Econômico, além de Bombeiros Militares e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
O secretário municipal de Segurança, Rafael Oliveira, afirma que as operações integradas representam a união de esforços das instituições no combate ao crime. “É mais uma operação conjunta que realizamos, e desta vez a ação teve objetivo de combater um dos crimes que dá seguimento a outros (principalmente ao tráfico de drogas), que é o furto e roubo de fios e cabos. Vamos dar um basta nisso, porque cometer um crime não é uma boa opção”, acrescenta.
De acordo com o secretário municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, o furto e vandalismo ao sistema de iluminação causam um grande impacto no bolso de todos os porto-alegrenses. “Somente nos últimos 12 meses, os gastos já chegaram a cerca de R$ 1 milhão. Fora a questão financeira, há o prejuízo para a segurança pública, já que muitas dessas reposições são bastante complexas, deixando locais de convívio urbano por dias ou até semanas sem iluminação pública”, diz.
Vandalismo - Levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) apontou que os gastos com furto e vandalismo dos equipamentos de iluminação pública de Porto Alegre, contabilizados desde setembro de 2018 até junho de 2019, ultrapassam os R$ 870 mil. As quase 80 ocorrências foram registradas pelas equipes de Coordenação de Iluminação Pública (CIP) e envolvem desde lâmpadas a tampas de luminárias, disjuntores, transformadores e cabos.
Entre os casos mais graves, estão os que ocorreram no viaduto José Eduardo Utzig, na ponte do Guaíba, na avenida Castelo Branco e no Túnel da Conceição. Dos mais de R$ 8,6 milhões investidos anualmente em iluminação pública na Capital, pelo menos 5% (R$ 430 mil) eram gastos por ano com vandalismo. Desde setembro de 2018 até o momento, os custos já alcançaram 10%.
Rui Felten