Proposta do novo Plano Diretor aborda redução do tempo de deslocamento
Entre os principais objetivos da proposta do novo Plano Diretor Urbano Sustentável (PDUS) e da minuta da Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS) de Porto Alegre está a redução do tempo de deslocamento nos trajetos diários da população.
O plano é pautado por outros quatro objetivos centrais que devem guiar as discussões sobre os próximos anos em Porto Alegre: adaptar às mudanças climáticas e zerar as emissões; qualificar os espaços públicos e potencializar a utilização do Guaíba; reduzir o custo da moradia e garantir o acesso de todos à cidade; e fortalecer o planejamento urbano com base em dados e economia urbana.
A proposta de mobilidade urbana busca adensar a infraestrutura, fortalecer os centros de bairro, ampliar os transportes ativos e coletivos e incentivar o uso misto do solo. A ideia é tornar Porto Alegre mais conectada, acessível e eficiente.
“Essencialmente, propomos criar uma cidade onde as pessoas gastem menos tempo no trânsito e com uma estrutura urbana que favoreça trajetos mais curtos e eficientes”, destaca o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Germano Bremm.
Confira as principais medidas:
- Adensar áreas com infraestrutura e oferta de empregos: a proposta incentiva o crescimento urbano em áreas com transporte, infraestrutura, serviços e empregos. Isso ajuda a reduzir deslocamentos, aproveitar melhor os investimentos públicos e evitar que a cidade cresça de forma desordenada. A LUOS apoia essa ideia com zonas que permitem mais construções e usos variados;
- Promover o uso misto do solo: integrar habitação, comércio e serviços em uma mesma área cria bairros mais dinâmicos, seguros e acessíveis. Com a flexibilização de regras urbanísticas para facilitar atividades econômicas diferentes, é possível reduzir a distância entre casa e trabalho e, consequentemente, incentivando os deslocamentos a pé ou de bicicleta;
- Qualificar a infraestrutura para transporte coletivo e de cargas: o plano prevê melhorar as ruas, o transporte coletivo e a logística urbana, especialmente em áreas como o Porto Seco. A conexão com zonas produtivas, centros de bairro e vias (como o porto, o aeroporto e as rodovias) reforça a competitividade de Porto Alegre;
- Redistribuir o espaço viário entre todos os modais: objetivo é priorizar pedestres, ciclistas e transporte coletivo, trazendo segurança, acessibilidade e integração urbana com o apoio de instrumentos como fachadas ativas e incentivo ao uso misto.
- Incentivar o transporte hidroviário: a proposta resgata o Guaíba como uma infraestrutura de mobilidade metropolitana, e aproveita o potencial fluvial do lago para o desenvolvimento do turismo náutico;.
- Expandir a rede cicloviária: a ampliação das ciclovias visa atender regiões onde existe menos transporte coletivo, como o Extremo Sul. A proposta busca conectar bairros e equipamentos públicos, reduzir desigualdades e promover o conceito de “cidade de 15 minutos”, com deslocamentos curtos e acessíveis.
Audiência Pública – Será realizada em 9 de agosto (sábado), às 10h, no Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685, Parque Farroupilha). Interessados devem preencher formulário eletrônico de pré-inscrição até as 13h do dia 8 de agosto, disponível aqui. O credenciamento dos inscritos será das 9h às 11h. Além da participação presencial, também será possível enviar contribuições on-line, até as 12h do dia 8 de agosto, por meio do mesmo site.
Cristiano Vieira