A palavra isolada "terrário" refere-se a um mini-jardim inserido em um recipiente de vidro onde busca-se estimular as condições ideais de um ambiente da natureza. Este mini ecossistema, criado pelo jardineiro e idealmente em equilíbrio, deve assegurar a sobrevivência das espécies ali instaladas. Em associação a este conceito, criamos os terrários urbanos.
Os terrários urbanos são áreas de convivência — verdadeiros respiros em meio à malha urbana edificada — implementadas através de práticas sustentáveis e que podem contribuir na mitigação do impacto negativo das mudanças climáticas. Dotados de vegetação nativa, mobiliário produzido com materiais ecológicos, serviços e atividades que convergem com as demandas das comunidades locais, estes recintos urbanos atuam como palco para o encontro entre as pessoas. A tipologia estabelece um novo modelo de espaço ao ar livre: uma área de convívio local, compacta e com solo predominantemente permeável, implantada em lotes urbanos de propriedade municipal, em geral subutilizados, baldios ou mesmo sobras de terrenos sem uso pré-estabelecido. Os terrários urbanos devem acolher necessariamente atividades ativas, ou seja, que estimulem a permanência de pessoas nos espaços públicos, e portanto, contribuem com a vitalidade e a segurança urbana.
Foto: Green Magazine AU
Por que implantar um Terrário Urbano?
- Contribui com a vitalidade, a mobilidade ativa e a segurança urbana;
- Incrementa a qualidade de vida, a socialização e convivências no espaço público;
- Estimula a adoção de práticas sustentáveis;
- Fomenta princípios associados à saúde urbana, como caminhabilidade, vivência no espaço aberto e contato com a natureza;
- Fomenta a participação ativa e sustentável da sociedade na construção e gestão do espaço público, através de mecanismos de co-criação, placemaking, urbanismo tático e gestão compartilhada.