Agência da ONU e SMDSE fazem workshop sobre atenção a refugiados

06/08/2019 19:25

A cada minuto, pelo menos 25 pessoas, no mundo todo, são obrigadas a deixar suas casas e fugir. Somente em 2018, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), foram mais de 70 milhões de indivíduos nessa situação. Com este tema, a Agência da ONU para Refugiados promoveu o workshop Reassentamento de Refugiados e Integração Local, nesta terça-feira, 6, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte, no auditório do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), nos turnos da manhã e tarde. O evento, com entrada franca, foi destinado a profissionais que atuam na área social e a pessoas interessadas no assunto.

“Precisamos debater e otimizar os serviços municipais para estarmos capacitados a receber os refugiados, assentados e imigrantes, entendendo quem são essas pessoas. Temos a obrigação de fornecer saúde, educação, segurança e emprego a todos que aqui vêm pedir o nosso auxílio. Para isso, estamos aqui, nos capacitando para sermos um instrumento facilitador”, disse a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Comandante Nádia.

Foram palestrantes do workshop a oficial de reassentamento do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no Brasil, Gabriela Cortina; a assistente sênior de determinação da condição de refugiados do Acnur Brasil, Giulianna Serricella; a coordenadora de projetos da Associação Antônio Vieira/Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados, Karin Wapechowski; e a secretária de Cidadania, Trabalho e Empreendedorismo de Esteio, Tatiana Tanara Melo Figueiredo.

“Estamos aqui para passar um pouco da nossa experiência. Queremos esclarecer todas as dúvidas, explicando o que é um refugiado e a diferença entre ele e o migrante. Nossa missão é defender e proteger. Visamos à coexistência pacífica entre os povos e buscamos a melhor adaptação dos refugiados as suas novas vidas”, ressaltou Gabriela. Ela frisou também a importância do entendimento dos gestores, ofertando condições de reconstrução de uma vida digna a essas pessoas.  

O Acnur existe desde 1950, quando a ONU agiu para garantir proteção a refugiados, com soluções duradouras para seus problemas. Tem como objetivo assegurar que qualquer pessoa possa exercer o direito de procurar asilo em outro país e, caso desejar, possa retornar ao seu local de origem. Atende refugiados, solicitantes, apátridas, retornados e deslocados internos. No Brasil, mantém escritórios em Brasília, São Paulo, Manaus e Boa Vista.

  

 

Andrea Pinto Schoeler

Rui Felten