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Vigilância emite alerta epidemiológico sobre casos autóctones de dengue na cidade
A confirmação de três casos autóctones de dengue em Porto Alegre, somada às condições climáticas favoráveis à transmissão da doença, levou a Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis (EVDT) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a emitir alerta epidemiológico à rede de serviços de saúde de Porto Alegre nesta quinta-feira, 24.
No documento, a EVDT alerta profissionais de saúde para suspeita de arboviroses (doenças transmitidas por insetos), durante o atendimento a casos com sintomas compatíveis com as doenças, como febre com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: manchas vermelhas na pele, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, leucopenia (mediante exame laboratorial), vermelhidão nos olhos.
Segundo a enfermeira Raquel Rosa, chefe da Equipe da Diretoria de Vigilância em Saúde, os profissionais também devem considerar a “similaridade dos sintomas com a Covid-19, que pode mascarar a suspeita de arbovirose, atrasando o diagnóstico e a adoção oportuna das medidas de controle ambiental”, enfatiza.
Em 2022, até a Semana Epidemiológica 07 (02/01 a 19/02/22), 23 casos suspeitos de dengue foram notificados entre residentes de Porto Alegre. Destes, três casos foram confirmados, todos autóctones (contraídos na cidade), com fonte provável de infecção os bairros Jardim Carvalho e Bom Jesus. Também houve a confirmação de um caso de chikungunya, importado de Manaus. Em 2021, no mesmo período, foi confirmado um caso importado de dengue. Em todo o ano passado, foram confirmados em Porto Alegre 83 casos de dengue, sendo 65 autóctones e 18 importados.
Nesta quinta-feira, a Vigilância Ambiental da DVS realizou três operações para bloqueio de transmissão viral, com aplicação de inseticida, em parte dos bairros Morro Santana, Jardim Carvalho e Bom Jesus, locais onde houve a confirmação dos casos. Chamada de "controle químico", a operação com inseticida visa diminuir o risco de transmissão de vírus das doenças. Não se trata de uma ação para "desinsetização" de alguma área.
Infestação – Dos 45 bairros que contam com armadilhas do sistema de monitoramento MI Aedes, na semana epidemiológica 7 (12 a 19/2), 25 apresentam infestação alta do mosquito Aedes aegypti, 11 encontram-se em situação de alerta, sete tem infestação moderada e dois, infestação baixa.
Texto e foto: Patrícia Coelho
Saúde confirma novos casos de dengue e amplia ação ambiental na quinta-feira
A Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) vai ampliar o raio de ação para aplicação de inseticida na quinta-feira, 24, na zona Leste da cidade. A ação acontece por causa da confirmação de dois casos de dengue autóctones, um contraído no bairro Bom Jesus e outro no Jardim Carvalho. Com essas duas ações, serão realizados três bloqueios químicos de transmissão, com aplicação de inseticida, a partir das 9h na quinta-feira. O primeiro será no Morro Santana, por caso confirmado na terça-feira, 22. Na sequência, as equipes de trabalho se deslocarão para o bairro Bom Jesus e, depois, à região do terceiro caso, no Jardim Carvalho.
No Morro Santana, não há armadilhas de monitoramento do mosquito Aedes aegypti instaladas. Por isso, na manhã desta quarta-feira, 23, agentes de combate a endemias percorreram a região – num raio de 150 metros a partir do local onde o paciente confirmado para dengue passou o chamado período de viremia, quando o vírus circula no organismo e, desta forma, aumentando o risco de transmissão viral. No trabalho, foram vistoriados 93 imóveis, com identificação e eliminação de 81 criadouros de mosquitos e seis coletas de larvas que foram encaminhadas para identificação no Laboratório de Entomologia Médica da DVS. Das seis coletas, cinco continham larvas de Aedes aegypti. O índice de infestação predial (IIP) ficou em 5% (cinco casas positivas em 93 analisadas). Esse valor, para o IIP, representa risco elevado para transmissão viral.
Nos bairros Bom Jesus e Jardim Carvalho, há armadilhas de monitoramento instaladas. De acordo com os dados deste monitoramento, no período de início dos sintomas dos dois pacientes com exames confirmados para dengue, as armadilhas apresentaram diferentes índices de infestação. No bairro Jardim Carvalho, a armadilha estava amarela na semana epidemiológica 7 (13 a 19 de fevereiro), com infestação média. A armadilha mais próxima do local provável de infecção no bairro Bom Jesus na mesma semana apresentou índice de infestação elevado, aumentando o risco de transmissão viral na região.
“A intenção das operações é diminuir a população de mosquitos adultos, diminuindo, dessa forma, o risco de transmissão do vírus pela picada de uma fêmea do inseto. A fêmea do Aedes aegypti pica seres humanos porque precisa de sangue para desenvolver os ovos. Se uma pessoa infectada com a dengue for picada, o vírus passará para o mosquito e depois de alguns dias o inseto transmitirá o vírus para outras pessoas, pela picada”, destaca o gerente da Unidade de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Alex Lamas.
Os locais de aplicação de inseticida serão os seguintes:
Morro Santana – 9h
- Ruas Parlamento (ponto de partida); Quatro mil e Cinquenta e dois e Quatro Mil e Cinquenta e três e Albert Roberts Jr.;
- parte das ruas Eurico da Costa Gama, Mário Juarez de Oliveira, Carlos Fonseca Amador, Carlos Berlinzoni; quatro mil e Cinquenta e Quatro; Onofre Pereira Maciel; e Faixa Cidadão.
Rua José Madrid – bairro Bom Jesus (após o término da primeira operação)
- Parte da rua José Madrid e das ruas H, 2, 4, 5, 6, 8, 10
Rua Bem-Te-Vi – Jardim Carvalho
-Parte das ruas Carlos Rivaci Sperotto, Pardal, Uirapuru, Falcão, Andorinhas e Cefer 1 (1, 10, 11 e 12).
Parte do Morro Santana receberá ações ambientais por confirmação de dengue
A Diretoria de Vigilância em Saúde realizará ações de controle ambiental para diminuir o risco de transmissão do vírus da dengue em parte do Morro Santana na quarta, 23, e na quinta-feira, 24.
As operações serão feitas após a confirmação do primeiro caso autóctone (contraído na cidade, sem histórico de viagem) da doença em Porto Alegre no ano de 2022. O perímetro abrange um raio de 150 metros a contar do local onde o paciente passou o período de viremia, ou seja, enquanto o vírus circulava no organismo.
Na quarta, nos turnos da manhã e tarde, agentes de combate a endemias da Secretaria Municipal de Saúde visitarão a região para orientar a população diante da circulação viral, fazer busca ativa de outros casos suspeitos da doença, ou de pessoas com sintomas compatíveis com a dengue, além de fazer a remoção mecânica de criadouros de mosquitos.
Na quinta-feira, a ação prevista é de bloqueio químico, com aplicação de inseticida, no mesmo perímetro. A intenção, nesse caso, é diminuir a população de mosquitos adultos, diminuindo, dessa forma, o risco de transmissão do vírus pela picada de uma fêmea do inseto. A fêmea do Aedes aegypti pica seres humanos pois precisa de sangue para desenvolver os ovos. Se uma pessoa infectada com a dengue for picada, o vírus passará para o mosquito e depois de alguns dias o inseto transmitirá o vírus para outras pessoas, pela picada.
Perímetro das operações:
- Ruas Parlamento (ponto de partida); Quatro mil e Cinquenta e dois e Quatro Mil e Cinquenta e três e Albert Roberts Jr.;
- parte das ruas Eurico da Costa Gama, Mário Juarez de Oliveira, Carlos Fonseca Amador, Carlos Berlinzoni; Quatro mil e Cinquenta e Quatro; Onofre Pereira Maciel; e Faixa Cidadão.
Texto: Patrícia Coelho
Foto: Cristine Rochol